quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mão

Vejo uma Mão solta no ar
Outra espera, aguarda pelo acaso
Um toque leve e sem notar
Sentido o tempo parar

Um momento rápido e sútil
Apenas uma lembrança real
E uma vida aguardando o retorno
Sabendo que nunca irá voltar

Encontro novamente a Mão
Que me embalou nos devaneios
Que me levou para Pasárgada
Que me abandonou na vida

Aquela Mão oculta no vazio
Escondida sem notar
Que sempre fiquei a olhar
Esperando um chance
Para tocar o céu num luar
Na terra cansada de sonhar

Espero a Mão chegar
Sem notar que o tempo
Parou, mas
Continua a rodar

Nenhum comentário:

Postar um comentário